terça-feira, maio 05, 2009

 

Adiós, amigos!


Bom, essa é a última postagem que faço nesse blog.
Quero agradecer a todos que acompanharam os meus textos durante estes dois anos e meio que escrevo no Projeto Factory.
Foram 134 postagens, sobre shows, lançamentos, notícias em geral do mundo da música, festas, discotecagens e afins.
Espero que de alguma forma eu tenha contribuído para divulgar artistas legais e que tenha conseguido influenciar algumas pessoas, foi esse o meu principal objetivo.
Quem quiser continuar acompanhando meus textos, tem meu outro blog www.miscelaneapop.blogspot.com, que além das dicas musicais, tem vários outros assuntos do mundo do entretenimento e cultura pop.
Apareçam por lá e deixem suas sugetões, dúvidas, reclamações, dinheiro...
Sejam benvindos à Miscelânea Pop.

quinta-feira, março 19, 2009

 

Os Maccacos liberam novo disco para download


É impressionante a evolução que a banda paulista Os Maccacos atingiu em seu segundo disco, intitulado “Juntando os cacos” .
Se no palco os integrantes se revezam nos vocais e trocam de instrumentos, agora eles dividem a autoria das músicas. Thião Colli (bateria/voz), Rony Almeida (guitarra/voz) e Hurso Ambrifi (baixo/voz) também participaram nas composições, enquanto que no disco anterior Reinaldo Almeida (guitarra/voz) assinava a autoria de todas as faixas.
O tecladista Helton Oliveira foi introduzido à banda, experimentando novos timbres e acrescentando outras texturas nas novas canções.
Todas essas mudanças conferiram maior coesão ao mais recente trabalho do grupo, reunindo partes distintas, mas que no resultado final deu um sentido de unidade, como se formasse um mosaico musical, sugerido no título.
O delicioso clima Power Pop predomina em grande parte do disco, com belas harmonias e canções com arranjos vocais elaborados, que grudam na mente e se tornam melhores a cada audição.
Há momentos animados de puro rock dançante, como na faixa de abertura “Carrascus Erectus II”, que faz uma dura crítica à dominância humana sobre as demais espécies.
Em contraponto, há momentos de sutileza, como em “Complicado”, cantada sobre uma delicada base de violão dedilhado, que aos poucos vai dando espaço a solos de guitarra incisivos.
O belo trabalho de vozes continua sendo uma das características mais marcantes da banda, dando um toque muito especial a suas músicas, como se pode notar em “Dorian Blue”, “Iconoclasta” e nas sensacionais vocalizações dos instantes finais de “Ilusionista”.
O lirismo de “Ecoa azul”, a torna uma das faixas mais bonitas do disco, com uma guitarra slide capaz de emocionar aos fãs mais passionais de George Harrison.
Os Beatles, aliás, são a referência máxima dos Maccacos, apesar deles terem diluído bem essa influência em sua sonoridade, como se nota em “Sétimo dia”, a canção mais pop e radiofônica do álbum, carregada de um senso melódico apurado, no melhor estilo dos Fab Four, mas sem soar como cópia.
Vale destacar também “Pizza fria”, que faz uma interessante narrativa sobre um sujeito relapso, que vive em total apatia em meio ao caos que se formou no ambiente a seu redor, enquanto a música vai gradativamente adquirindo contornos dramáticos em sincronia com a letra.
Os rapazes dos Maccacos fizeram um disco de gente grande, com uma boa produção e técnica apurada, demonstrando que tiveram um amadurecimento saudável e desenvolveram muita personalidade.
E o melhor de tudo é que “Juntando os cacos” está disponível para ser baixado gratuitamente no site da banda e merece ser ouvido com atenção.
Aqui vai o link para download: http://www.maccacos.com.br/os_maccacos_-_juntando_os_cacos.zip

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

 

Morre Lux Interior do The Cramps


Hoje o blog está de luto pelo falecimento de um dos personagens mais extremos e autênticos do rock underground: Lux Interior, vocalista da cultuada banda The Cramps.
O cara que junto com sua companheira, Poison Ivy, inventaram o Psychobilly, que nada mais era do que o velho rockabilly tocado com a fúria e a sujeira Punk, faleceu na manhã desta quarta-feira de complicações cardíacas..
Fica aqui essa simples homenagem a uma figura ímpar no Rock, que ousou como poucos e trouxe muito humor negro à música, misturando ficção científica, filmes-B e outros elementos da cultura trash.
Lux barbarizava no palco, com suas roupas de couro e salto alto, se jogando no chão, engolindo o microfone e criando um verdadeiro espetáculo no estilo rock-horror-show.
E lá se vai a minha esperança de um dia ver o show do Cramps no Brasil...

Adeus Lux Interior.
R.I.P.

segunda-feira, janeiro 05, 2009

 

Os 10 melhores discos de 2008

Pois é, 2008 acabou e fechamos para balanço...
Mas aproveito para deixar registrado nesse blog, os 10 discos mais ouvidos por mim em 2008, apenas abrindo um parênteses para justificar a inclusão do já clássico "Uma tarde na fruteira" do gaúcho malucão Júpiter Maçã, que apesar de circular na Internet há pelo menos uns 3 anos, foi lançado somente em 2008, então nada mais justo do que figurar entre os melhores do ano.
É claro que teve muita coisa que eu nem consegui ouvir direito, em meio tantos lançamentos nesse último ano, mas caso eu acabe descobrindo algo sensacional que tenha ficado de fora da minha listinha, com certeza irei comentar posteriormente.
É isso aí, lista é que nem bunda, cada um tem a sua e minha é essa aí embaixo.
E que em 2009 tenham muitos bons discos para eu comentar aqui no ano que vem!

MELHORES DISCOS NACIONAIS 2008

1 – Nananenen – Seychelles
2 – Uma tarde na fruteira – Júpiter Maçã
3 – Pareço Moderno – Cérebro Eletrônico
4– Antes da queda – Banzé
5 – Efeito Moral – Relespública
6 –Artista igual pedreiro – Macaco Bong
7 - Trio - Lenzi Brothers
8 – Não esperem por nós – Pipodélica
9 – Acima da chuva - Volver
10 -Donkey – CSS

MELHORES DISCOS INTERNACIONAIS 2008
1 – Consolers of lonely – The Raconteurs
2 – Dig out your soul – Oasis
3 – Oracular spectacular – MGMT
4 – Heart on - Eagles of Death Metal
5 – Roll with you – “Eli Paperboy” Reed
6 - Off with their heads – Kaiser Chiefs
7 – Dear science– TV on the radio
8 – The age of the understatement – The Last Shadow Puppets
9 –Modern guilt – Beck
10 – Funplex – B-52s

segunda-feira, dezembro 22, 2008

 

Eli “Paperboy” Reed – A nova voz do velho Soul


Não seria exagero dizer que Eli “Paperboy” Reed é a versão masculina da Amy Winehouse, levando-se em conta apenas o grande potencial de suas vozes revivalistas da Soul Music, sem comparações que levem à notas de escândalos na imprensa, até onde se sabe, o cara ainda não tem nenhum escândalo noticiado.
O fato é que esse rapaz branquelo, natural de Boston, deve muito de sua formação musical aos anos em que viveu no Mississipi, onde bebeu na fonte do Blues e do R&B, para mais tarde se juntar, em Massachussets, à sua banda de apoio, The True Lovers, e lançar o disco de estréia em 2004 intitulado “Walkin’ and Talkin’”, em que explora seu lado mais bluseiro, mas que teve pouca repercussão, ficando restrito a um público mais segmentado.
Já com o lançamento de “Roll with you” em abril desse ano, Eli começa a chamar a atenção da crítica especializada em música, por apresentar um trabalho bem mais consistente e expansivo, que poderia muito bem ter sido lançado na segunda metade da década de 60 pelos selos Stax ou Motown, contendo um apanhado de canções que exalam o melhor da Soul Music tradicional.
Há várias referências que podem ser facilmente identificadas em “Roll with you”, que vão desde Wilson Picket, Otis Redding, Al Green, Sam & Dave e até o “Godfather” James Brown. O supra-sumo do gênero está tudo lá, o cara soube absorver bem essas influências e projetá-las com personalidade em seu novo trabalho.
O cartão de visitas é deixado na primeira faixa, a vibrante “Stake your claim”, uma canção agitadíssima, carregada de groove, perfeita para introduzir o ouvinte ao universo de Reed.
Também merecem destaque as sacolejantes “The Satisfier”,”Take my love with you” , “I’m gonna getcha back”, “(Doin’ the) Boom Boom” e as belas baladas “Am I wasting my time”, “It’s easier”, todas com arranjos requintados, pontuadas por naipe de metais costurando as canções e uma cozinha que esbanja competência.
Guardem bem esse nome, pois trata-se de um artista que está pronto para o sucesso junto ao grande público. Ou então será apenas mais um talento que ficará oculto em meio aos modismos e hypes passageiros...
Deixo aqui um vídeo de sua apresentação eletrizante no programa de Jools Holland, em sua passagem recente pela Europa nesse ano.
A música é que ele toca é “Take my love with you”,

domingo, novembro 30, 2008

 

Dobradinha garageira - Mudhoney x Eagles of Death Metal



Dois lançamentos de duas bandas com grande representatividade do atual Garage Rock norteamericano.
Primeiro, vou falar dos veteranos de Seattle, que completaram 20 anos de estrada e atendem por Mudhoney, com seu mais novo trabalho que leva o irônico título de "The lucky ones". Essa auto-ironia é característica da banda que foi uma das pioneiras no que se convencionou chamar de Grunge, mas que o mundo somente viria a conhecer mais tarde quando o Nirvana estourou com seu clássico álbum Nevermind.
O Mudhoney sempre se manteve na "segunda divisão" das bandas de Seattle, jamais conseguindo o sucesso comercial de um Nirvana, Pearl Jam, Soundgarden ou Alice in Chains, mas sempre foi uma das bandas mais respeitadas e íntegras de sua geração, fazendo o que mais gosta: Rock visceral em estado bruto, pesado, garageiro e gritado. Daí a ironia do título do novo CD "Os sortudos": Enquanto a maioria das bandas citadas não existe mais, o Mudhoney resistiu bravamente nessas duas décadas e ressurge com um álbum cheio de vitalidade, com o pique de banda estreante.
Porradas certeiras como a faixa de abertura "I'm now", a faixa título "The Lucky ones", ou na urgente "New meaning", Mark Arm e seus escudeiros despejam riffs sujos, cheios de feedback, fuzz e wah wahs e resgatam a sonoridade de bandas como Stooges e MC5 e até mesmo do velho Black Sabath, na arrastada "We are rising", consagrando-os como os mestres da estética garageira.
Baixe o novo CD em http://www.zshare.net/download/112149336afa4712/

Outra banda que segue essa linha garageira, porém rezando na cartilha dos Rolling Stones setentista, é o grupo californiano Eagles of Death Metal, que chega ao terceiro disco, intitulado "heart on".
Tendo um frontman carismático e irreverente como Jesse Hughes (Guitarra e voz) e o ilustre Josh Homme (Queens of the stone age) que aqui assume muito bem a função de baterista, o Eagles presenteia os amantes do mais puro rock'n'roll, com um som despretensioso, soando retrô, mas sem parecer datado.
"Anything 'cept the truth" deixa claro na abertura do álbum o que o ouvinte vai ter pela frente. Um rock direto, com refrões marcantes, reforçado por backing vocals femininos no melhor estilo do velho Stones.
"Wanna be in L.A." é o primeiro single, com uma levada sutilmente dançante e mantém o clima roqueiro e festivo do disco.
E "Heart on" avança com essa mesma pegada, com destaque para a ótima "(I used to coldn't dance) Tight pants", a quebrada "High voltage" e as Stonianas "Heart on" e "Cheap Thrills".
Um bom disco que coloca o Eagles of Death Metal no panteão das bandas que melhor expressam a essência do Rock'n'Roll na atualidade, sem truques, malabarismos ou firulas. I know, It's only rock'n'roll but I like it...

http://rapidshare.com/files/158920225/Eagles.of_Death.Metal_-.Heart_OnINSANE.rar

quinta-feira, novembro 27, 2008

 

Confirmado - Radiohead em SP 22 de março 2009


O show mais aguardado dos últimos anos pelo público brasileiro finalmente já tem data marcada: dia 20 de março no Rio de Janeiro e 22 em Sampa.
O Show para os paulistas será na Chácara do Jóquei (onde teve o histórico festival Claro que é Rock em 2005, com Iggy Pop, Flaming Lips, Sonic Youth, Nine Inch Nails).
Os ingressos terão preço único, pista R$ 200,00 (estudante paga R$ 100,00) e podem ser adquiridos nas bilheterias do Estádio do Pacaembu a partir do dia 05/12, ou pela internet no site www.ingresso.com, a partir das 23:59 da próxima quinta-feira, 04/12.
O Radiohead será a principal atração do Just Fest, que ainda não divulgou quais serão os outros shows, pois ainda devem estar fechando a programação do Festival, que também terá atrações nacionais.
Agora é só garantir o ingresso e se preparar para um show que é considerado o mais chapado, viajante e surreal da atualidade, numa simbiótica combinação de som, imagens e luzes, que tem o poder de abduzir o espectador e transportá-lo a uma viagem intergalática sem precedentes.

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